terça-feira, 31 de março de 2009

Hora da Vida

As palavras de Leonardo Boff sem dúvida alguma entram na alma de qualquer um que se de a chance de ouvir palavras sinceras e amorosas de um verdadeiro visionário vivo. Desfrutem a oportunidade de ter acesso a essa palestra e saibam aproveitar. Uma hora de reflexão para todos! Com certeza muito mais produtivo que apagar luzes sem propósitos sinceros.


sexta-feira, 27 de março de 2009

Hora do Planeta

Hoje estive pensando sobre "A Hora do Planeta". Bem a essa altura todos já devem saber que está é uma campanha para que se apaguem as luzes por 1 hora entre 20:30 até 21:30 do dia 28 de março.
Acho que está campanha poderia ser mais reflexiva sobre nossa casa e a relação que temos com ela. Realmente é muito bonito uma ação global pensando no planeta mas será que realmente estamos refletindo sobre o nosso modo de viver? Já não é tempo de pensarmos sobre nossa civilização? Talvez não seja uma coisa de outro mundo pensar numa maneira diferente de viver. Ainda é tempo!
Pense bem: se todos nós consumirmos menos energia e os países assinarem 400 tratados e abaixarem suas emissões. E aí eu me pergunto? E a água vai ser limpa? E o solo vai deixar de se desertificar? E os transgênicos vão começar a aceitar a diversidade na natureza? E a agricultura vai deixar de ser totalitária para começar a aceitar outros paradigmas? E as grandes corporações vão passar a ter responsabilidades reais perante ao mundo e vão parar de devora-lo?
Tenho esperança! Sonho todo dia! Mas realmente e infelizmente constato aqui com meu caro leitor que me parece que essa campanha "A Hora do Planeta" quer só tapar o sol com a peneira! Não é cômodo demais achar que nesse sistema capitalista podemos realmente conviver em paz com nossa casa e prosseguir em paz? Ou indo mais fundo nesse sistema civilizatório que não permite que as outras espécies tenham chance de evoluir que nem nós tivemos?
Fiquem com uma pequena animação para reflexão.

Direção: Chris Stenner, Arvid Uibel e Heidi Wittlinger
Produção: Filmakademie Baden-Wüerttemberg
Alemanha / 2001 / 8 min.12 seg.

Prêmio Especial do Júri Anima Mundi 2002.
Indicação ao Oscar de "Melhor Curta-Metragem em Animação" - 2003

http://www.youtube.com/watch?v=1zyLfEFAxoc

(Agora funcionando)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Além da Civilização

Aloha navegantes! Resolvi criar este blog para colocar alguns materias (textos, videos, fotos, etc) que andam pipocando na minha cabeça! Quando a inspiração bater vou escrever algumas reflexões também. Espero que fiquem a vontade para criticar, sugerir, debater, refletir, desabafar, etc.

Vou começar com Daniel Quinn autor que anda mexendo muito com meu modo de ver a história da civilização e que tem um titulo bem sugestivo para o início do blog. Este texto foi tirado do livro Além da Civilização.

Uma fábula para começar
Há muito, muito tempo, a vida evoluiu num certo planeta, produzindo muitas organizações sociais — alcatéias, matilhas, cardumes, manadas, bandos, rebanhos, e assim por diante. Uma espécie cujos membros eram particularmente inteligentes desenvolveu uma organização social singular chamada “tribo”. O tribalismo funcionou bem para eles durante milhões de anos, mas chegou um momento em que decidiram experimentar uma nova organização social (chamada “civilização”), que era hierárquica e não- igualitária. Não se passou muito tempo e aqueles que ficavam no topo começaram a ter uma vida de grande luxo, usufruindo de um lazer perfeito e tendo o melhor de todas as coisas. Abaixo deles, uma classe formada por um número maior de pessoas vivia muito bem e não tinha do que queixar. Mas as massas que viviam na base da hierarquia não gostavam nem um pouco daquilo. Trabalhavam e viviam como animais de carga, lutando só para continuarem vivos.

“Isso não está dando certo”, disseram as massas. “O modo de vida tribal era melhor. Deveríamos voltar a viver daquela forma”.

Mas o chefe, que ficava no ponto mais alto da hierarquia, disse:

“Abandonamos para sempre aquela vida primitiva. Não podemos voltar a ela”. “Se não podemos voltar”, responderam as massas, “então vamos em frente — na direção de algo diferente”.

“Não, não pode ser”, disse o chefe, “porque nada diferente é possível. Nada
pode existir além da civilização. A civilização é um invento final, insuperável”.

“Mas nenhum invento é insuperável para sempre. A máquina a vapor foi suplantada pelo motor a gasolina. O rádio foi suplantado pela televisão. A calculadora foi suplantada pelo computador. Por que seria diferente com a civilização?”

“Não sei por que é diferente”, disse o chefe, “mas é”.

Mas as massas não acreditaram — nem eu.